osteoporose em idosos

Sabe-se que a osteoporose afeta os idosos com maior incidência, mas também pode ocorrer em uma idade mais jovem. Hoje, graças a exames minimamente invasivos, pode ser diagnosticada precocemente e tratada adequadamente. Vamos ver quais são as características, tipos de tratamento e estratégias de prevenção da osteoporose.

O QUE É OSTEOPOROSE?

A osteoporose é uma doença sistêmica que afeta os ossos e se caracteriza por um enfraquecimento e redução da massa óssea. Nesta condição, o osso torna-se cada vez mais frágil e mais propenso a fraturas.

Nossos ossos são compostos de tecido vivo composto por fibras de colágeno impregnadas de minerais, principalmente cálcio. O tecido ósseo está sujeito a uma mudança contínua: criado e reabsorvido por determinadas células chamadas osteoblastos e osteoclastos, dependendo da função desempenhada. Os osteoblastos produzem fibras de colágeno enquanto os osteoclastos reabsorvem o tecido degradado.

Este processo faz parte da vida natural do osso e na medicina é chamado de remodelação óssea ou remodelação óssea. Em uma idade jovem muito mais tecido é produzido enquanto na idade adulta o processo retém o que foi criado durante o crescimento e na velhice os processos de destruição prevalecem sobre a reconstrução.

A osteoporose afeta, portanto, o envelhecimento normal do tecido ósseo, tornando-o mais fraco e frágil.

FATORES DE RISCO

Os fatores de risco que tornam as pessoas mais ou menos propensas a desenvolver osteoporose são classificados em duas categorias: imutáveis ​​e modificáveis.

Os fatores de risco não modificáveis ​​são aqueles que fazem parte da herança genética da pessoa: idade (avançada), sexo (feminino), raça (caucasiana e asiática) e histórico familiar (predisposição genética).

Os fatores de risco modificáveis ​​são aqueles inerentes ao estilo de vida: sedentarismo, tabagismo, álcool, peso, ingestão inadequada de cálcio e vitamina D e ingestão crônica de corticosteroides (anti-inflamatórios de alto desempenho).

A combinação desses fatores associados à ingestão prolongada de certos medicamentos pode trazer os primeiros sintomas da osteoporose mesmo em idade jovem.

TIPOS DE OSTEOPOROSE

A osteoporose é classificada em primária e secundária. A osteoporose primária surge na velhice e divide-se em dois tipos:

– primária tipo I ou osteoporose pós-menopáusica: afeta as mulheres por volta dos 51 anos de idade e é causada principalmente pela diminuição da produção hormonal.

– osteoporose primária tipo II ou senil: acomete ambos os sexos após os 70 anos e está relacionada ao processo natural de envelhecimento dos ossos.

A osteoporose secundária é causada pela combinação de vários fatores ou pela presença de outras patologias como distúrbios endócrinos, distúrbios hematopoiéticos, doenças do tecido conjuntivo e uso crônico de medicamentos. Também pode surgir como resultado de imobilização ou como consequência de insuficiência renal, distúrbios gastrointestinais e doenças reumatológicas.

A osteoporose é classificada de acordo com o estágio da doença. A osteoporose na fase inicial é chamada de osteopenia e sinaliza depleção óssea, enquanto a segunda fase, mais grave, determina a porosidade óssea e é chamada de osteoporose completa. Atingida a segunda fase há uma redução dos sais minerais e uma modificação da estrutura óssea. 

O último estágio é chamado de osteoporose grave ou avançada. Nesta fase os ossos têm uma densidade muito baixa e encontram-se num estado de hiper-fragilidade. Fraturas espontâneas do fêmur ou vértebras são comuns devido à alta fragilidade óssea.

SINTOMAS DA OSTEOPOROSE

A osteoporose é uma patologia bastante difícil de identificar porque muitas vezes não mostra sinais óbvios de sua presença. 

A dor óssea, mesmo de baixa intensidade, é em todo o caso um alarme que deve desencadear suspeitas e é o sintoma mais evidente desta patologia. Uma diminuição da estatura e uma tendência a assumir uma postura encurvada também podem ser notadas. Outro fenômeno frequente relacionado à presença de osteoporose é a facilidade de obtenção de fraturas.

DIAGNÓSTICO DE OSTEOPOROSE

Para diagnosticar a osteoporose, o médico procede com uma avaliação criteriosa de todos os fatores de risco e através de exames de sangue avalia a presença de alguma osteoporose secundária.

Os exames de raios-X da coluna são recomendados para mulheres com mais de 70 anos e homens com mais de 80 anos.

Para avaliar a massa óssea, são realizados testes não invasivos que também são usados ​​para monitorar a patologia. Através da DXA (Dual Energy X-ray Absorbimetry) é possível conhecer o nível de densidade óssea e cálcio. Este exame é muito preciso e baseia-se na absorção óssea de um raio-X.

PREVENÇÃO, TRATAMENTO E CURA

Cuidar dos ossos desde cedo é uma boa maneira de se preparar para o futuro e, portanto, é recomendável ingerir o máximo de cálcio possível para atingir um pico alto de massa óssea por volta dos 25 anos.

Consumir cálcio constantemente é um bom ato de prevenção em qualquer idade, por isso é bom integrar alimentos como leite, iogurte, queijos frescos e envelhecidos, anchovas, polvo e lula, brócolis, alcachofra e chicória na dieta diária. As quantidades de cálcio a serem tomadas diariamente variam de acordo com a idade, por exemplo, dos 30 aos 50 anos, os especialistas recomendam tomar cerca de 800 mg de cálcio por dia, enquanto acima de 50 anos entre 800 e 1000. Para mulheres com mais de 50 anos de idade idade, considerada de maior risco, a quantidade recomendada é entre 1200-1500 mg.

Uma vez alcançado o diagnóstico de osteoporose, é possível prosseguir com terapias conservadoras que visam melhorar o estilo de vida da pessoa. Essas terapias, também utilizadas para a prevenção da doença, baseiam-se em atividade física adequada e alimentação saudável. A atividade física regular tem muitos efeitos positivos, pois aumenta a resistência muscular, promove o metabolismo ósseo e melhora o equilíbrio.13 Seguir uma dieta saudável rica em vitamina D3 e cálcio ajuda a manter a nutrição óssea ativa.

A terapia farmacológica para a osteoporose inclui drogas de estrogênio-progesterona, moduladores seletivos de receptores de estrogênio e difosfonatos, inibidores da reabsorção óssea.